Um doido, uma doida e uma doidinha. E a cada dia mais doidinha!
A primeira vista estava bem, passadas muitas e boas, parecia uma
boa opção a escolha. Mas logo deu para ver o tamanho da enrascada!
Os dois cantam, dançam, treinam, namoram...falam muito. Sempre
com a doidinha para cima e para baixo.
O doido com seus livros, montes de instrumentos, esta sempre cantando,
tocando, lendo ou querendo ver filmes de ação. Quando encasqueta que
está compondo não posso nem respirar perto!
A doida sempre inventando uma nova, antes de acabar a velha. Pedaços
de artesanias na casa toda. Bem que deixa umas plantas engraçadas de
brincar em bons lugare,s é verdade, mas tem mania de ver filmes depressivos
falados em línguas incompreensíveis ou, pasmem, encantador de cães!
Ah, tem também, os cães, alter egos dos doidos. Um monstro cheio de
energia com inteligência e doçura de primeira infância. Beijões melados!
E uma salsicha alongada e neurótica, que se acha uma gata e quer ficar
o tempo todo dentro da casa.
Quase ia me esquecendo da pequena ditadora. Com seus passos de Louis
Armstrong na lua, seu trote de pequeno elefante, e uma verborragia
infindável, me leva do pescoço, aperta, puxa, não sem antes pronunciar
meu nome não no fino francês do batismo, mas com certo acento polaco.
Isso para não comentar que tem me roubado comida!
Agora tem um papo de festa vindo aí. Festa para cá, festa para lá.
A doida está mais tensa, o doido aumenta nas piadas e a doidinha,
não entendendo seu risco de ficar mais doida, acha tudo engraçado e
é só dá risada, bagunça e continua roubando minha comida!
Sinceramente, tenho um pedido.
Mantenham os doidos nessa festa.
Façam muita festa para esses doidos.
Vai ser díficil ficar dias sem o casal de doidos...
E não é que a gente se pega gostando de tanta doidera?
Será que são aquelas avós da doidinha que vão ficar por aqui?!?
Por precaução vou ficar no forro do telhado...cadê meu whiskas?
De Merlot, único sensato do recinto
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